segunda-feira, 22 de julho de 2013

  Boa tarde meus queridos amigos, esses dias distante da nossa estação, estávamos sempre na estrada. Paramos aqui, Ufa! agenda cheia... breves notícias. Mas como sempre a "Mala do Folclore" não deixa de nos surpreender, dessa vez com toda a alegria do ritmo Maxixe -  Foi por algum tempo expoente da nossa dança urbana. Tendo cedido lugar ao samba, devido talvez, á sua coreografia complicada, difícil e exagerada. Resultou da “fusão da Habanera pela rítmica, e da Polca pela andadura, com adaptação da sincopa africana”. Outros o fazem uma prolação do Lundu, mesclado com a Toada. – (Renato Almeida, Historia da Musica Brasileira, p.189). Segundo uma versão do Maestro Villa Lobos, o Maxixe tomou esse nome de um indivíduo apelidado Maxixe que, num Carnaval na Sociedade Estudantes de Heidelberg, dançou um Lundu de uma maneira nova. Foi imitado e toda gente começou a dançar como o Maxixe.
               O Dançarino e Revistógrafo Bahiano “ Duque ” apresentando-se ao lado de sua Partenaire Gaby, acompanhados pela Orquestre Dês Hawaiens. Foi responsável pela transformação do Maxixe e outras danças, consideradas no Brasil de baixa origem, em ritmos elegantes e apreciados nas altas rodas. Pouco depois, ainda na Capital Francesa, abriu escola de danças e fez apresentações em Londres e Nova York.


          Fontes: Memória do Rádio, Enciclopédia da Música Brasileira - Art Ed. Publifolha.



Olá gente do Brasil e desse nosso Mundo Folclórico, tira mais uma música dessa mala! Tiramos sim o ritmo Samba com a música Mangueira. E junto com ele mais uma de nossas ricas histórias sobre o ritmo : 

 Samba – Havia na Bahia uma família de negros escravos. Pais e sete filhos. O chefe da família ansiava pela sua liberdade e dos seus. Todo o ganho auferido em trabalhos e biscates era amealhado para a alforria. Depois de desesperadas privações.conseguiu o negro escravo juntar sete contos de réis. O preço da liberdade sonhada. Um dia, porém, adoeceu e chegou ás portas da morte. Reuniu a família e no catre mortuário revelou ao filho mais velho o esconderijo do dinheiro que devia dar-lhe a liberdade: ele morreria escravo para servir a Deus lá no céu.
                A revelação alucinou o filho que imediatamente correu ao local,retirou o dinheiro e, sem se incomodar com os seus, fugiu para bem longe. O destino, caprichoso sempre, trouxe melhoras ao moribundo, que aos poucos conseguiu restabelecer-se. Ciente da má ação do filho, amaldiçoou : “Olarum nã laré (Deus te esconjure)” e com a mulher e os outros filhos iniciou  nova tarefa de economias. O mau filho, porém alcançara o Pará. O pouco escrúpulo de sua consciência favoreceu-lhe ótimas oportunidades e em breve estava bem de fortuna. Ao contrário do pai, não pensava em libertar-se, mas um remorso cruel roia-lhe a alma e em busca do perdão regressou á Bahia.
                  Surpreendeu-se com a nova de que os seus eram livres, e ele, com todo o dinheiro, mísero escravo. Sentiu o castigo e resolveu mandar ao pai um emissário implorar-lhe o perdão, em troca da quantia furtada. O pai relutou muito, mas, a ambição fê-lo ceder. Combinou-se que o perdão seria dado com grande aparato, num cerimonial á moda africana.
                   Tudo preparado realizou-se a festa. Segundo o ritual, na hora solene o pai abençoou o filho com as palavras: ”Mofo rijum  él...(Eu te perdôo)”. Nesse momento. Todos juntos proferiram a sentença: SAM(pague). BÁ(receba). Para firmar o perdão, dançando, a assistência cantava em delírio ao som de alegre e cadenciada música: Sam-bá !!! Sam-bá !!!.
                                                                                                
 (Mariza Lira – Brasil Sonoro)


arquivo pessoal





Um comentário:

  1. Parabéns bela publicação, belo recorte no tempo e no templo da Musica do Brasil!

    ResponderExcluir