segunda-feira, 26 de agosto de 2013

" Mala do Folclore" arrumada! Partimos.


Elaborando a nossa língua... . Esta semana que passou nos sentimos assim, num exercício de falares e sentir as melodias, verdadeiramente recitando na música "Almas" a imagem do vaqueiro e seus misticismos. Em nossa "Mala do Folclore" colocamos todo o nosso instrumento de trabalho com destino a estação "Cisca Fogo", é apenas uma semana de viagem nesses trilhos musicais, nos aguardem. Enquanto isso, fica para vocês mais Ritmos da estação Na Boca do Povo

Moda-de-Viola 

A palavra moda é de origem portuguesa, significando canto, melodia ou música. No Brasil tomou a significação de um tipo de canção rural. Na região centro-oeste  e sudeste, as modas de viola são previamente escritas e decoradas. Já no Nordeste, os cantadores cantam de improviso.
A temática dominante nas modas prende-se a três aspectos básicos: a saga dos boiadeiros e lavradores, o anedotário caipira e as histórias trágicas de amor e morte. A moda de viola é uma narração feita em ritmo recitativo, onde o cantador tem que contar uma história. A melodia é solta, como se fosse uma poesia falada com acompanhamento musical.(...)
“À Moda de Viola é uma expressão da música rural brasileira que se destaca como sendo seu maior exemplo, entre outros ritmos e estilos formados a partir das Toadas, Cantigas, Viras, Canas-Verdes, Valsinhas e Modinhas, união de influências européias, ameríndias e africanas.” (Wikipédia), 

O livro Sambas e Cateretês, explica sobre todos os tipos de “modas”. Modas de Viola, Os Violeiros e seus gêneros de modas..., Quadrinhas (estas quadrinhas são geralmente cantadas soltas nas “canas-verdes”, “viuvinhas”, “passa-pachola” e outras danças), Recortados (em certas zonas de alta Paulista, Mogiana, Triângulo e Oeste de Minas e Goiás, após a moda do “catira”, “cateretê” ou “bate-pé”, cantam os “recortes” antes de cada sapateado), Abecês (o A.B.C., isto é, uma série de estrofes iniciadas com as letras do alfabeto, é um gênero poético cultivado em todo o país, sejam os matutos e tabaréus do Norte, os “quejeiros” goianos, os capiaus mineiros ou os caipiras paulistas), Moda catireiras e Modas diversas. (Sambas e Cateretês – Cornélio Procópio). 


“A Moda-de-Viola é no geral, um canto de caráter narrativo,entoado em terças.O palmeado e o sapateado comprendem duas fórmulas rítmicas e os dançadores se aproximam. Davam seis passos, sapateavam e retornavam aos lugares primitivos com sete passos arrastados. Para encerrar cada trecho da Moda-de-Viola realizava-se o palmeado simples seguido de um pulo com os pés juntos. O fecho era o Recortado”. (Rossini Tavares de Lima – Folclore de São Paulo). 


Turma jovem, Senhores e Senhoras! Vamos na paisagem da nossa estrada, deixando para traz mais uma estação. Felizes em apresentar nossas impressões do encontro do mar com o sertão. E vamos seguindo! 

Toada Caipira –  “A Toada se espalha mais ou menos por todo Brasil. Musicalmente não tem caráter definitivo e inconfundivel da “Moda Caipira”. Talves  porque, abrangendo varias regiões, a “Toada” reflita as peculiaridades musicais próprias de cada uma delas. Ou talves porque, em vez de nome de um tipo especial da Canção, a palavra “Toada” seja empregada mais no seu sentido genérico corrente na lingua(o mesmo de moda) ou com designação de qualquer canto sem destinação imediata. De qualquer modo parece que a “Toada” não tem caracteristicas que irmanem tôdas as suas manifestações. O que se poderá dizer para defini-la é apenas o seguinte: com raras exceções, seus textos são curtos – amorosos, liricos, comicos – e fogem à forma romanceada, sendo formalmente de estrofe e refrão; musicalmente as “Toadas” do Centro Sul se irmanam pela melódica simples”(...).
(Oneyda Alvarenga – Musica Popular Brasileira, pag. 275-276).

Banzabê – Folguedo dos Indios Quiriris da Bahia.(João Matos – Monografia do Curaçá).
“Os amerindios estavam na fase de dança sagrada coletiva. As públicas quando entravam mulheres seriam modalidades de oferenda religiosa, propiciatória às colheitas, caças e pescaria, danças imitatórias, com significação secreta, pacificar o espirito da caça abatida ou torná-la abundante e sem defesa. Ocorriam a máscara, a indumentária ornamental, sugestionadora. (Theodor Koch Gumberg).

“ Os tupinambás cantavam e dançavam ao som de “um “tamboril” em que não dobra as pancadas” levando-os para a guerra. “os roncadores levam tamboril, outros levam buzinas, que vão tangendo pelo caminho, com que fazem grande estrondo, como chegam à vista dos contrarios”. (Cap. CLXII. Gabriel Soares de Souza – Tratado Descritivo do Brasil em l587).  


Enfim... pegamos o trem da Música Brasileira em direção a estação "Cisca Fogo". Obrigado Amigos pela companhia. Muito mais alegrias traremos em nossa viagem. Até lá! Sem esquecer de vocês, visitem nosso endereço sonoro https://www.youtube.com/watch?v=NIvyXR6Vfwo..

arquivo pessoal




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