segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Preparando o FONTE NOVA



Amigos de estrada de prosas musicais, estamos nos preparando para partir em mais uma empreitada, desbravando o eclético e vasto mundo da Musica Folclórica Brasileira. Estamos dessa vez, aportados na Bahia de Todos os Santos. Lembrando, sempre, que a estação Cisca Fogo, abriu precedentes para chegarmos ao Litoral. Na poesia jocosa Do " Namoro no Mato (Cd Cisca Fogo), acompanhados do ritmo adocicado do cavaquinho, despachamos os folguedos Miudinho, Xerém e Embolada.  

Miudinho – A dança do Miudinho já tem os seus cajus, uma vez que encontramos referência sua, já em 1832, em estes versos do poema pernambucano, A Columneida, impressos naquele ano: “protestando que nunca em sua vida / aprendera a dançar o tal “Miudinho”. Pereira da Costa, Vocabulário Pernambucano, pag. 491. (Luis da Câmara Cascudo, Dicionário do Folclore Brasileiro, pag. 401). 

Assim, nas nossas andanças, curtimos a despedida da paisagem sertaneja ao som de nossa releitura musical,  na poesia  "São João", dando passagem ao Xerém. 


Xerêm

                                               “Eu já dancei Balancê
                                            Xamego, Samba e Xerêm” 

                                   (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)


Xerêm – Dança nordestina, executada em sanfona. Com o nome de Xerêm já ouvi tocar um “Schottisch”; é uma espécie de Polca. (Luis da Câmara Cascudo – Dicionário do Folclore Brasileiro, pag. 654, Rio de Janeiro – l954.) 

"Espécie de Polca, dança de roda, ao som da sanfona". (Dicionário Aurélio)

“Os caboclos dançam nos Sambas, sapateando o Xerem, uma espécie de Schottisch”
(Gustavo Barreto – Terra do Sol, pag. 219).                                      



Xerém
"Dança de passo arrastado e miúdo, como que peneirando, por isso o nome "xerém", que é o milho pilado para alimentar pintos, e tem o refrão:
"Eu piso milho penero xerém, eu não vou criar galinha pra dar pinto pra ninguém".
Esta categoria de dança possui melodias muito alegres, geralmente em tom maior e com solo instrumental característico que confere sua identidade". (Antonio Pedro do Acre).

Assim embola gente, dançando no terreiro, grande festa! a música Cisca Fogo, entrou na roda. Cantada pelos mestres e trançou na Embolada, foi-se a noite...

Embolada – “Originaria do nordeste brasileiro, onde é freqüente na zona rural do litoral e mais rara no sertão, a Embolada tem as seguintes características: melodia mais ou menos declamada, em valores rápidos e intervalos curtos; textos geralmente cômicos, satíricos ou descritivos, outras vezes constituído somente de uma sucessão de palavras associadas pelo seu valor sonoro. Em qualquer dos dois casos, o texto está cheio de alterações e onomatopéias, de dicção complicada, que a rapidez do movimento da música vem complicar mais ainda, a Embolada, que era a princípio um canto rural passou ás cidades e caiu no domínio dos cantores de radio e do disco. Com esta mudança, sua complicação verbal e rapidez foram acentuadas e perderam por isso suas manifestações urbanas certo lirismo de que se reveste nas zonas rurais nordestinas”
(Oneida Alvarenga – Musica Popular Brasileira, pag. 227).

"Vasco Mariz recomenda a leitura de Théo Brandão sobre a Embolada em Alagoas".
(A Canção Brasileira “Erudita, Folclórica, Popular”. Pag.160).


Até mais amigos, estamos felizes e gratos. Até o próximo Porto Fonte Nova, vem aí! Aguardem próximo Post Lundu, Samba de Rancho e Ciranda de Roda.



Porto de São Félix e seus Famosos Saveiros

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