segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Aportamos FONTE NOVA!


Onde se abriga barcos, abriga-se também a história de nossa gente e a criação de nosso querido Folclórico. O qual, nossa Mala do Folclore, alenta-se. Pois bem, estamos já tranquilos, despedidas e novas perspectivas à porta, digo, ao mar.


arquivo particular


  Um momento ímpar, encontrarmos os brasis em capital da Bahia, donde nasce o Brasil. Assim como, encontrarmos no Fonte Nova os Ritmos Nativos que agora apresentamos.

Caiapó – “Os portugueses têm muita escravaria destes índios cristãos. Têm eles uma confraria dos reis em nossa igreja, e por ser antes do natal, quiseram dar vista ao padre visitador de suas festas. Vieram um domingo com seus alardos á portuguesa, e a seu modo com muitas danças, folias, bem vestidos, e o rei e a rainha ricamente ataviados, com outros principais e confrades da dita confraria; fizeram no terreiro de nossa igreja seus caracóis, abrindo e fechando com graça por serem mui ligeiros, e os vestidos não carregavam muito a alguns por que os não tinham”. 
(Fernão Cardim – Tratados da Terra e Gente do Brasil. Pags. 342- 343, Rio de Janeiro, 1925).


Xote – “Schottisch – Apareceu durante a Regência e dominou na Maioridade e Segundo Império, tendo mais de mil composições dedicadas ao gênero. Dança de salão, aristocrática, passou ao povo e, desaparecendo da sociedade onde viera, incorporou-se aos bailes populares e regionais, sendo o ritmo de muita dança velha, como arrepiada, jararacas, serrote, etc. no Rio Grande do Sul havia e há vários tipos de “Schottischs”, com denominações especiais e típicas. O ritmo vivo de 2/4, presto dá para animar a festança. “Schottisch” e Polca foram expulsos dos bailes de gente ilustre, mais continuam vivos nas alegrias do povo. Nos estados do Nordeste, nos bailes de “rifa” ou nos bailes de “quota”, indispensavelmente, o fole, harmônica. sanfona ou realejo sacode para o ar o desenho melódico de muito “Schottisch”, antigo, e também inúmeros criados pelos sanfoneiros.
(Luis de Câmara Cascudo, Dicionário do Folclore Brasileiro, pag. 568, Rio de janeiro – 1954). 

Samba de Lavagem - “Quem não recorda na Bahia, dos longos séquitos de aguadeiros e carroceiros a guiar cavalos e muares enramados com folhagem de pitanga e barulhentas carroças atacadas de lenha pela calçada do Bonfim até o adro da igreja, onde já tripudiavam crioulas e mulatas, gente de todas as castas e matizes, com a bateria de tinas, bacias, esfregões e vassoras? quem a viu, que a esquecesse aquela extraordinária festa da água e álcool, aquele enorme disparate de benditos e chulas, de rezas e gargalhadas, de gestos contritos e bamboleios impudicos ? a Vênus hotentote já exibia as suas opulências carnais e os seus rebolados de dançarina. Os ranchos de aguadeiros, despejando os barris, cambavam com garganteios estentóreos. Soavam bacias como sinos rachados. O estrépito das palmas formava um matraquear ensurdecedor. Num mesmo instante, joelhos que se dobravam ante os altares, estiravam-se ágilmente nos passos e voltas de um atrevido fandango. Enquanto as vassoras chapinhavam nas lajes da nave, olhares caprinos, incendiados em chamas alcoólicas, devoravam colos negros e impantes, onde as contas do rosário vibravam como guizos de mascarado. Não faltavam ao espetáculo nem as gaiatices do espirituoso capadócio, nem músicas apropriadas ao tom da colossal pagodeira”. (Ernesto Matoso. Cousas do Meu Tempo, pag. 25, Bordeaux, 1916). 









Assim vamos recolher as velas por hoje... E nos prepararmos para o próximo Post. Nos veremos para falar da nossa gente, nossa cultura e nossa música. Até breve amigos e vamos que vamos!                                     

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