terça-feira, 15 de outubro de 2013

Preciosidades da Música Folclórica!

Cd Fonte Nova

Ficha Técnica:
Ao Canto: Ana Maria
Ao Canto e Violão: Matias Moreno
Autor e Compositor: Matias Moreno
Percussão: Sarmento
Efeitos Percussivos: Emiliano
Teclados e Efeitos: Robson
Violino: Mateus Costa/ faixa 07 com Olivaldo.
Participação dos Pataxó hã-hã-hães faixa 01

Estudio: Belwedere  
Foto:Dominique
Ilustração: Renée Lefevre


Arquivo particular.




As atividades musicais, do nosso Brasil, durante o período Colonial entremeia as manifestações de nossa origem. Assistindo a Bahia de Todos os Santos, define-se em nossa Mala do Folclore os Ritmos que nascera com nossa gente. No embalo das marés adentramos no xaxado e suas origens




Pesquisa :(http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2010/11/historia-da-infancia-e-da-educacao.html )




Xaxado -
Quando eu entro no xaxado
Ai meu Deus
Eu num paro não
Xaxado é dança macha
Primo do baião
(Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil)

Segundo o folclorista Roberto Benjamin, o xaxado é um ritmo e uma dança sertanejos, com evidentes características de culturas indígenas, originário das regiões do Pajeú e Moxotó (Pernambuco).

             Há controvérsias, no entanto, sobre a origem do xaxado. Alguns pesquisadores, como Benjamin e Luís da Câmara Cascudo, afirmam que é uma dança originária do alto Sertão de Pernambuco, outros que ela tem sua origem em Portugal e alguns outros ainda dizem que sua origem é indígena.

            Pesquisas indicam que a dança já era conhecida nas regiões do Agreste e Sertão pernambucano desde 1922. 

            A palavra xaxado é uma onomatopeia do barulho xa-xa-xa, que os dançarinos fazem com as alpercatas arrastadas no chão durante a dança.

            A dança é executada em círculo, com os dançarinos em fila indiana, um dançarino atrás do outro, sem volteio, cada participante fazendo três ou quatro movimentos laterais com o pé direito na frente, arrastando o esquerdo, numa espécie de sapateado rápido.

           Antigamente, era uma dança exclusivamente masculina, que foi divulgada pelo Nordeste brasileiro por Lampião e seu bando, por isso ela ficou sendo associada ao Ciclo do Cangaço. Os cangaceiros usavam a dança como grito de guerra ou para celebrar vitórias. O rifle substituía a mulher. Como dizia o cantor e compositor Luiz Gonzaga, um dos grandes divulgadores do xaxado,  " O rifle é a dama ".

           Originalmente o xaxado não era acompanhado por instrumentos. Só havia o canto, com quadras e refrão, o arrastar das alpercatas e o compasso sendo marcado pela pancada da coronha do rifle no chão. As letras das músicas eram sempre agressivas e satíricas, motivo pelo qual Câmara Cascudo considerou o xaxado como uma variante do Parraxaxá, um canto de insulto dos cangaceiros, executados nos intervalos das descargas dos seus fuzis contra a polícia: 

"Eu não respeito poliça
Soldado nunca foi gente
Espero morrer de velho
Dando carreira em tenente

Aí moleque Higino
Só tenho pra te dá:
A bala do meu rifle,
A ponta do meu punhá!"
            (cultura popular) 

           Hoje, a dança não é mais exclusivamente masculina, sendo dançada aos pares. O vestuário dos grupos evidencia a sua origem, uma vez que os dançarinos se trajam de cangaceiros e cangaceiras. Na maioria das vezes, no entanto, só os homens portam o rifle. São acompanhados também por pífanos, zabumbas, triângulos e sanfonas.

           Foi muito divulgada também por conjuntos regionais paraibanos, o que fez com que fosse criada indevidamente a expressão xaxado da Paraíba.

           Atualmente o xaxado só é visto em coreografias estilizadas de grupos artísticos, que se apresentam principalmente nas festas juninas, sendo executado basicamente em duas fileiras, uma masculina outra feminina. Os dançarinos fazem evoluções, dançam juntos ou separados, arrastando sempre as alpercatas no chão.(Recife, 30 de abril de 2010. GASPAR, Lúcia. Xaxado. FONTES CONSULTADAS: BENJAMIN, Roberto. Xaxado. In: Folguedos e Danças de Pernambuco. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 1989. p. 100-103.CASCUDO, Luís da Câmara. Xaxado. In: FOLCLORE. Recife: Secretaria de Educação e Cultura, 1975. p. 43. FERRAZ, Marilourdes. O canto do acauã. Belém: [s.n.], 1978.  ).



Canção – A Canção Brasileira existe há três séculos. Acredita-se que já fazia parte das óperas de Antonio José da Silva, O Judeu, tão apreciadas, naquela época, nas duas pátrias; lemos suas virtudes cantadas por célebres viajantes estrangeiros; salta-lhe a melodia dos “Árcades Mineiros”; vemo-la em todos os salões, elegantes e modestos, até assumir a forma erudita na pena de Alberto Nepomuceno. Não vou aqui mostrar a evolução da Modinha, nem examinar de perto a influência poderosa que a Ópera italiana e a Valsa nela exerceram, pois o assunto já foi exaustivamente estudado por Mário de Andrade em Modinhas Imperiais.
(Vasco Mariz, A Canção Brasileira (Erudita, Folclórica, Popular), pag. 20, Rio de Janeiro, 1977). 


É no recorte sincrônico da história da música, que vamos, embalados pelo ritmo Batucada 


       - É  Batucada - 

Samba de morro, não é samba
É batucada, é batucada
Samba de morro, não é samba
É batucada, é batucada

Lá na cidade a história é diferente
Só tira samba malandro que tem patente
Lá na cidade a história é diferente
Só tira samba malandro que tem patente

Nossas morenas vão pro samba bonitinhas
Vão de sandália e saiote de preguinha
Nossas morenas vão pro samba bonitinhas
Vão de sandália e saiote de preguinha       
(Caninha / Visconde Bicohyba)



Batucada – ritmo ou canção do Batuque informa o Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. – O mesmo que Batuque. Baile com instrumentos de percussão, cantando-se versos, respondidos pelo côro. Não há Batucadas com instrumentos de corda e de sopro, dizem os mestres na espécie no Rio de Janeiro. Baile de gente pobre é batucada. Nenhuma dança caracteriza a Batucada por que todas são de roda, com um ou dois dançarinos fazendo letras no centro. A origem desse bailado é a África; ensinam. É bailado indígena, respondem, apontando os desenhos nos livros de Bry e as informações dos cronistas coloniais, especialmente Lery e Staden. A origem é do homem e essas danças com instrumentos de percussão, palma de mão ou batidas em qualquer superfície, existem por toda parte, e os viajantes encontraram por todo o mundo, Europa, Ásia, África, América, Oceânia. Devem existir em Marte, Júpiter e Urano.
(Luis da Câmara Cascudo, Dicionário do Folclore Brasileiro. Pag. 94, Rio de Janeiro). 

Até Mais Amigos e até a próxima.


 Visite nosso endereço musical http://www.youtube.com/watch?v=n4Ek_ONZ8tc



 

 

 

 

 

 

 












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