segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Viva o Samba !!!


À Villa Velha 


"Teve por povoadores iniciais pessoas procedentes da vizinha Cachoeira que, no século XVIII, atraídos pela fertilidade do solo, estabeleceram a cultura da cana-de-açúcar, fundaram engenhos e iniciaram a construção de um arraial. Cruz das Almas (a 146 km da capital) nasceu à margem da Estrada Real que, partindo de São Félix para sudoeste, dirigia-se ao Rio de Contas e seguia rumo a Minas Gerais e Goiás. 

Olá Amigos de paragens ficamos muito gratos aos parceiros da Cidade de Cruz das Almas . Seguiremos até o Ramal Feira de Santana com a felicidade de quem procura pérolas... Assim estamos aqui com a Mala do Folclore repleta de novidades com os Ritmos 

Batuque – Câmara Cascudo informa que Georg Wilhelm Freireyss (1789-1825). Naturalista alemão, falecido no sul da Bahia, descreve em l814-15, uma viagem que fez a Minas Gerais, em companhia do Barão de Eschwege. Teve ocasião de assistir a um Batuque e registrá-lo: “entre as festas merece menção a dança brasileira o Batuque. Os dançadores formam roda e, ao compasso de uma guitarra (viola) move-se o dançador no centro, avança e bate com a barriga na barriga de outro da roda, de ordinário pessoa do outro sexo. No começo o compasso da música é lento, porém, pouco a pouco aumenta, e o dançarino do centro é substituído cada vez que dá uma umbigada; e assim passam noites inteiras. Não se pode imaginar uma dança mais lasciva do que esta, razão também por que tem muitos inimigos, especialmente entre os padres. Assim, por exemplo, um padre negou a absolvição a um seu paroquiano, acabando desta forma com a dança, porém com grande descontentamento de todos. Ainda há pouco dançava-se o Batuque em Vila Rica (Ouro Preto atual) numa grande festa e na presença de muitas senhoras, que aplaudiam frenéticamente. Raro é ver outra dança no campo, porém, nas cidades as danças inglesas quase que substituíram o Batuque”. (Pag. 65, ANTOLOGIA DO FOLCLORE BRASILEIRO, São Paulo- 1944)

Lundu – “Os dançarinos estão todos de pé ou sentados. Apenas se movem no começo, fazendo estalar os dedos num rumor de castanholas, levantando e arredondando os braços balançando-se molemente. Pouco a pouco o cavalheiro se anima. Evolui ao redor de sua dama, como se a fosse enlaçar. Ela, fria, desdenha seus avanços. Êle redobra de ardor e ela conserva sua soberana indiferença. Agora ei-los face a face, olhos nos olhos, quase hipnotizados pelo desejo. Ela se comove. Ele se lança, os movimentos se tornam mais sacudidos e ela treme num vertigem apaixonada, enquanto a viola suspira e os assistentes, entusiasmados, batem as palmas. Depois ela se detém, ofegante, esgotada. Seu cavalheiro continua a evolução durante um instante e em seguida vai provocar outra dançarina que sai da fila e o Lundu recomeça, febricitante e sensual”. F.J. de Santana Neri, LE FOLK-LORE BRÉSILIEN, pag. 76, Paris-1889).

Chula – Canto e dança quase desaparecidos do Brasil. As características da Chula constituem problema que obrigou estudo a Renato Almeida (Historia da Música Brasileira) e a Oneyda Alvarenga (Comentários a Alguns Cantos e Danças do Brasil) na “Revista do Arquivo Municipal”, LXXX, S. Paulo. Ouvi muitas vezes a Chula cantada, espécie de lundu ou baião, sensual, sempre cheia de pimenta verbal e paixão comprimida, no ritmo de dois por quatro. Acompanhava-se a violão. Pereira da Costa e Sílvio Romero recolheram muitas Chulas nas suas coleções. A dança ainda era popular em meados do séc. XIX no Rio de Janeiro, onde Melo Morais a viu e descreveu. Foi igualmente conhecida em Portugal, e tão popular quanto no Brasil. Pereira da Costa e Rodolfo Garcia não a registraram nesta acepção. Conheço chulado na acepção de embriagado. Chuládio em Pereira da Costa. No Rio Grande do Sul parece que a Chula é o verdadeiro fandango português do Ribatejo.
(Luis da Câmara Cascudo, DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO. Pag. 175, Rio de Janeiro – 1954).

É Amigos , estamos na estrada para valer!, e vamos passo a passo com vocês e a Mala do Folclore desenhado o nosso mapa de Folias e Ritmias do Nosso Brasil Colônia e Brasil Império. Vos aguardamos no nosso endereço sonoro: http://www.youtube.com/watch?v=nAyquB1daEM&feature=youtu.be


http://www.estacoesferroviarias.com.br/ba_monte%20azul/feira.htm
Estação Velha ( Ramal de Feira )
                                            

Nenhum comentário:

Postar um comentário