segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Atracamos Maré Alta!


O século de descobertas Renascentistas e atitudes Romanescas no modo de contar a nossa história. Assim é nosso cotidiano, assim vamos redescobrindo nossas Folias e Ritmias, em nossas viagens e em cada paragem, as quais, do Sertão ao Litoral alimentam o nosso imaginário. Apresenta-se a nós o Porto Maré Alta e os ritmos Samba de Coco, Romance, Canção - Iorubá.  



imagem internet
Carybé



    Samba de Coco – “José Aloísio Vilela, de Viçosa, Alagoas, reuniu informações preciosas do seu o CÔCO DE ALAGOAS (memória enviada em l951 ao Congresso Brasileiro de Folclore e fonte dessas noticias), além dos dados de observação direta da dança e fornecidos pelo grande pesquisador alagoano, sobre a origem. Vilela crê ter sido dos negros de Palmares, ocupados em quebrar o côco, horas e horas, e decorrentemente uma cantiga de trabalho, ritmada pela cadência das pedras, partindo os frutos das palmeiras pindobas. Esses primeiros cantos deixaram rasto. Em os Côcos soltos sem glosas:
                             Êh bango, banga êh !
                             Caxinguelê,
                             Come côco no cocá  (1)
A frase quebra-côco ou vamos quebrar côco indicaria convite para a tarefa ou para o canto que se tornou dança. Daí, deduzo, o Quebra-Côco contemporâneo não mais refirir-se ao trabalho e únicamente ao baile. Os gritos de excitamento, quebra, dirigir-se-iam inicialmente ao Côco e posteriormente ao baile. Demais existe o nome que denuncia oficio, trabalho. Alagoas de extensos coqueirais magníficos, reivindica com fundamento a prioridade do Côco dançado.
(Luis da Câmara Cascudo, DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO, pags. 188, Rio de Janeiro – 1954)




Romance – São poemas em versos octossílabos(pela versificação castelhana e setissílabos pela nossa) refundidos e recriados nos séculos XV e XVI, com rimas assonantes nos pares e os impares livres, vindos dos séculos X, XI, XII, como as canções de gesta, registando as façanhas guerreiras de espanhóis e franceses. Foram poemas feitos para o canto nas côrtes e saraus aristocráticos, e não a poesia democrática e vulgar, feita para o povo. No século XVI, a recriação foi um processo de acomodação ao gênio popular e muitos motivos surgiram, dentro dos metros e modelos passados, versificados ao sabor do gosto popular, mas fieis aos tipos antigos. Passaram as assonâncias e tonâncias ás rimas simples, e neste caráter o Romance teve voga extraordinária, cantados e trazidos para o Brasil, como para toda a America Espanhola, pela memória do colonizador.   
Luis da Câmara Cascudo, DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO. Pags. 553, Rio de Janeiro – l954)  



Arquivo Particular
Foto by Ana Maria


Desta maneira a Mala do Folclore projeta a construção de uma rota em direção a Música Folclórica do Brasil. E como sempre agradecidos a vossa presença no Porto Maré Alta, e em nossa companhia. Até breve e traremos novidades de nossa gente!


 Canção – Ioruba - Música yoruba é o gênero de música tradicional dos povos yoruba. Estes povos têm uma avançada tradição de percussão, com a característica utilização dos tambores de tensão, em particular o dundun. Estes conjuntos são compostos por vários tambores de tensão de diferentes tamanhos, juntamente com um gudugudu. O líder de um conjunto dundun é iyalu, que utiliza o tambor "para falar" imitando a tonalidade yoruba. A música yoruba foi convertida no componente mais importante da música popular nigeriana moderna, como resultado de suas precoces formas de influência européia, islâmicas e brasileiras. Estas influências promoveram a importação de instrumentos de metal, música escrita, percussão islâmica e de estilos trazidos pelos comerciantes brasileiros. Na cidade mais povoada da Nigéria, Lagos, estas tradições multiculturais uniram-se e converteram-se na raiz da música popular nigeriana. Os estilos modernos tais como o fuji de Alhaji Sikiru Ayinde, o waka de Salawa Abeni e o sakara de Yusuf Olatunji derivam da música tradicional yoruba. Compositores de música clássica como Joshua Uzoigwe e Akin Euba puseram-se em evidência no cenário musical por sua preferência pela etnomusicologia e sua tendência de utilizar em suas obras elementos da música yoruba.
(Fonte, WIKIPÉDIA)    

Obrigado as senhoras e senhores, a turma jovem que nos acompanha, aos companheiros de estrada e as pessoas simples e boa que nos recebe e nos acolhe sempre. 
Até breve amigos encontre-nos em nosso endereço sonoro




Nenhum comentário:

Postar um comentário