domingo, 16 de fevereiro de 2014

ENSAIOS E REVERÊNCIAS AO POVO BRASILEIRO

 Algo nos diz que a nossa música extrai a essência de nosso povo, nossa gente. Em meio a tantas origens , forma-se uma nação vinda de outras nações... A Música Folclórica Brasileira é, sem dúvida, o que exala de mais extraordinário dessa mistura. Nesse contexto a Mala do Folclore é que nos desperta e nos encanta com, mais uma de suas surpresas, os ritmos Samba de Maculêlê, Arrasta - Pé e Xácara. 



 Samba de Maculêlê – O grupo de Maculêlê formado por Popó, partia da sua casa à Rua da Linha, desfilava em coluna por dois seguindo o seu mestre Barão. Na frente empunhando um só pau vinha Popó, com sua voz forte e melodiosa tirando as Cantigas e dando os sinais convincentes para parar ou tocar, em seguida os dançadores batendo os Cacetetes, e finalmente o Cortejo o grupo de Músicos tocadores.   
                  Percorria as ruas que dão acesso a praça, e lá em frente á matriz, começavam a saudação da casa de Deus. Ai permaneciam dançando e cantando, sempre rodeado de curiosos e pessoas que admiravam o Maculêlê.
                   Em seguida iam fazer as visitas ás autoridades, ao Vigário da Freguesia e aos moradores da praça e ruas adjacentes, de porta em porta paravam, saudavam cantavam, passavam a bolsa para as ajudas ao Maculêlê.
                   Retornavam á Rua da Linha onde era servida uma grande feijoada com muita cachaça e virava o Samba até de madrugada.
(Zilda Paim, RELICARIO POPULAR, pags. 27, Bahia- 1999)



Fonte Internet



Arrasta – Pé – Baile reles. O mesmo que Bate-Chinela.
(Leonardo Mota, CANTADORES, pags. 366)

Arrasta – Pé – O mesmo que Fobó ou Forró.
(Luis da Câmara Cascudo, DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO, pags. 63, )   

De todos os nossos tesouros, contar nossa história é o mais precioso deles. Entramos mar adentro. Jogamos a ancora no Porto Maré Alta, contaremos um pouco mais de nossas descobertas, Folias e Ritmias da Terra do Brasil.








Xácara – Romance, seguidilha, que se canta á viola em som alegre, regista o DICIONARIO de Domingos Vieira. È a definição de Morais que adianta ter vindo Xácara do castelhano. Narrativa popular, em verso, PEQUENO DICIONARIO BRASILEIRO DA LINGUA PORTUGUESA, 2º edição. Almeida Garrett escrevia, comentando o “Chapim Del-Rei ou Parras Verdes” no ROMANCE RECONSTRUIDO (Baladas): “Nós temos, se não me engano, no gênero narrativo popular, as três espécie, Romance, Xácara, Solau: no Romance predomina a forma épica, conta e canta principalmente o poeta; na Xácara prevalece a forma dramática, diz o poeta pouco, ás vezes nada – falam os seus personagens muito; o Solau é mais plangente e mais lírico, lamenta mais do que reconta o fato, tem menos diálogos e mais carpir; ás vezes, como no Solau da Ama em Bernardim Ribeiro, não há senão o lamento de uma só pessoa que vai aludindo a certos sucessos, mas que os não conta” (Almeida Garrett, O ROMANCEIRO, pags. 427-428, edição dirigida por Fernando de Castro Pires de Lima, Ed. Simões Lopes, Porto-1949). Não se popularizou no Brasil e aparece no uso literário, nos estudos sobre a POESIA TRADICIONAL PORTUGUESA NO BRASIL. Xácara será, evidentemente, a Canção narrativa e daí sua fácil confusão com o Romance.
(Luis da Câmara Cascudo, DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO, pags. 646, Rio de Janeiro-1954).                   



Arquivo Particular
Foto by Ana Maria

                                                                                                      
                      

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