segunda-feira, 23 de junho de 2014

FESTEJAMOS AS FOLIAS E RITMIAS !!!




Arquivo particular



BRASILIANA - (...) “De Lisboa gabava-se Fleckno à Mademoiselle de Beauvais que já se podia considerar viajante intercontinental. Estivera em terras da Ásia. E nas cimereas plagas. Faltavam-lhe as da África e América, para contentar urna vaidadezinha assaz infantil.

  Não tardaria que a satisfizesse. Impressões de Lisboa nenhuma nos inculca. Elogios elevados faz contudo ao Príncipe do Brasil, o malogrado adolescente discípulo de Antônio Vieira, "príncipe alto e esguio, de grandes esperanças, espírito, coragem e instrução".

   Pouco depois anunciava Fleckno à Mademoiselle de Beauvais que ia partir para a África e o Brasil, a ver areais na primeira e florestas no segundo.

   Não só aprovara D. João IV tal propósito como lhe mandara dar duzentas coroas de aiuta de custa. Instigara ao jesuíta a ideia de tal jornada o desespero de conhecer "novos céus e novas terras, a curiosidade de atravessar a Equinocial e ver as raridades do Brasil encontradas em Lisboa".
Estava no Tejo, de verga d'alto, uma das frotas do Brasil. Bela ocasião para visitar a África e a América!

   Assim, apressou-se em aceitar o convite do nosso famoso Salvador Correia de Sá e Benevides, General daquela esquadra. Partiu pois para os mares equinociais e as terras selvagens do outro hemisfério.

   Largou Salvador de Lisboa, a 15 de agosto de 1647, chegando ao Rio a 16 de janeiro de 1648.(...)

(...) À tarde chegaram os pilotos a fim de conduzir-nos para dentro da baía; ancoramos então sob a leve brisa que toda a noite sopra do mar e toda a manhã da terra.

   Entramos na baía por entre dois rochedos possantes, distantes um do outro de algumas milhas (um, pela sua forma, é denominado o Pão de Açúcar). Ao avançarmos, passando algumas milhas além do forte que defende a barra, deparou-se-nos a mais sedutora paisagem do mundo, o Lago do Rio, de umas vinte e tantas milhas de extensão, todo salpicado de ilhas verdejantes, algumas de uma milha, outras mais, outras menos, e a cidade ereta à esquerda, umas três milhas além do forte, num sítio onde a baía oferece segurança a muitos milhares de naus.

   Ao desembarcar, encontrei cômodos para mim arrumados pelos padres da Companhia, com dois molatos (sic) ou mestiços de negros para servir-me, com a minha dieta preparada nas suas próprias cozinhas próximas à minha morada.

   Tudo isto não sei se por ordem do Rei ou recomendação do Governador (que viera conosco) ou se graças à caridade dos bons padres; o certo é que fui tão extraordinariamente acomodado, como por dinheiro algum poderia pagá-lo, pois aqui não existem, como em nossa terra, hospedarias ou albergues. Os que frequentam estas paragens são os mercadores, hospedados pelos seus correspondentes ou marinheiros, que permanecem a bordo, homem algum havendo ainda empreendido tal travessia movido pela simples curiosidade.”(...)
(Afonso de E. Taunay, VISITANTES DO BRASIL COLONIAL, (Séculos XVI – XVIII), pags. 50 e 51, 65 e 66, São Paulo – 1933).

                                        - ROTEIRO


ESTRADA DA BOIADA – (Xote)                                Cd:   Fonte Nova     (1997)

NAMORO NO MATO – (Miudinho)                            Cd:   Cisca – Fogo    (1996)


DEBAIXO DA PALMEIRA – (Lundu)                         Cd:   Na Boca do Povo   (1995)



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