domingo, 27 de julho de 2014

RUMO AOS CINECLUBES E TEATROS CARIOCAS!




    O BAÚ DO FOLCLORE nos revela mais uma confidência






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Momentos de descontração com o fotografo Giba no Bairro de Santa Teresa , visitas ao cineasta Leon  Cassidy ao fim dos anos setenta no Rio de Janeiro. O DUO NATIVO Ana Maria & Matias Moreno, estavam vivendo um momento que os projetaria nos cenários dos Cineclubes do Rio de então, como o  grupo A TRIBO
Frequentavam as ruas do bairro junto com A Tribo,respeitosos artistas como Tomas Improta,
Taiguara, Barroso da Black Rio entre outros ... .





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Para o DUO NATIVO Ana Maria & Matias Moreno e A TRIBO , esse era o momento de trazer uma nova proposta Musical, no cenário carioca.

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Até breve queridos amigos, fiquem conosco em nosso endereço :    https://www.youtube.com/watch?v=ssPGFK17fdw .






sábado, 19 de julho de 2014

- O BAU DO FOLCLORE –

                                                          




                   Queridos amigos! agora que já conhecem a nossa Brasiliana e estão familiarizados com as “Folias e Ritmias” do Duo Nativo Ana Maria & Matias Moreno,
iremos ao Baú do Folclore reavivar as gerações que nos acompanham, a
través da imprensa escrita, fotos e cartazes, vamos rever algumas temporadas no estimado Rio de Janeiro, seu publico maravilhoso e nossos amigos de encantos mil.
                
                    Segue Espetáculos no Subúrbio Carioca, Temporadas em Cine Clubes do Centro e Zona Sul.
                 
                    Até logo! e obrigado pelo vosso fiel carinho.







As boas velhas novidades que chegam com o Baú do Folclore, conta um pouco da nossa história... Tempo esse vivido no Rio de Janeiro, que ao final da década de 70 entramos a todo vapor no cenário Musical Carioca, com o encontro dos músicos Ana Maria & Matias Moreno e A Tribo.





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Cenário de ebulição artística na rota dos Teatros , Casas de Espetáculos e Rodas de Samba da noite Carioca... 





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Até breve queridos amigos, fiquem conosco em nosso endereço : 







sábado, 12 de julho de 2014

Abraços e até mais MALA DO FOLCLORE!!!

A cada momento vamos nos sentindo mais próximos de nossa verdadeira identidade. E nós nos reconhecemos em nossa música. Acreditamos que a Música Folclórica Brasileira nos registra com suas trajetórias em toda nossa raça , alegria, natureza, FOLIAS E RITMIAS ...  Um pouco mais de BRASILIANA!   





BRASILIANA – (...) “São os tupinambás tão luxuriosos que não há pecado de luxúria que não cometam; os quais sendo de muito pouca idade têm conta com mulheres, e bem mulheres; porque as velhas, já desestimadas dos que são homens, granjeiam estes meninos, fazendo-lhes mimos e regalos, e ensinam-lhes a fazer o que eles não sabem, e não os deixam de dia, nem de noite. É este gentio tão luxurioso que poucas vezes tem respeito às irmãs e tias, e porque este pecado é contra seus costumes, dormem com elas pelos matos, e alguns com suas próprias filhas; e não se contentam com uma mulher, mas têm muitas, como já fica dito, pelo que morrem muitos de esfalfados. E em conversação não sabem falar senão nestas sujidades, que cometem cada hora; os quais são tão amigos da carne que se não contentam, para seguirem seus apetites, com o membro genital como a natureza formou; mas há muitos que lhe costumam pôr o pelo de um bicho tão peçonhento, que lho faz logo inchar, com o que têm grandes dores, mais de seis meses, que se lhe vão gastando por espaço de tempo; com o que se lhe faz o seu cano tão disforme de grosso que os não podem as mulheres esperar, nem sofrer; e não contentes estes selvagens de andarem tão encarniçados neste pecado, naturalmente cometido, são muito afeiçoados ao pecado nefando, entre os quais se não têm por afronta; e o que serve de macho, se tem por valente, e contam esta bestialidade por proeza; e nas suas aldeias pelo sertão há alguns que têm tenda publica a quantos os querem como mulheres públicas.

         Como os pais e as mães veem os filhos com meneios para conhecer mulher, eles lhas buscam, e os ensinam como a saberão servir; as fêmeas muito meninas esperam o macho, mormente as que vivem entre os portugueses. Os machos destes tupinambás não são ciosos; e ainda que achem outrem com as mulheres, não matam a ninguém por isso, e quando muito espancam as mulheres pelo caso. E as que querem bem aos maridos, pelos contentarem, buscam-lhes moças com que eles se desenfandem, as quais lhe levam à rede onde dormem, onde lhes pedem muito que se queira deitar com os maridos, e as peitam para isso; cousa que não faz nenhuma nação de gente, senão estes bárbaros. ”(...)
        (...) “Costumam os tupinambás que vindo qualquer deles de fora, em entrando pela porta, se vai logo deitar na sua rede, ao qual se vai logo uma velha ou velhas, e põem-se em cócoras diante dele a chorá-lo em altas vozes; em o qual pranto lhe dizem as saudades que dele tinham, com sua ausência, os trabalhos que uns e outros passaram; a que os machos lhes respondem chorando em altas vozes, e sem pronunciarem nada, até que se enfadam, e mandam às velhas que se calem, ao que estas obedecem; e se o chorado vem de longe, o vêm chorar desta maneira todas as fêmeas mulheres daquela casa, e as parentas, que vivem nas outras, e como acabam de chorar, lhe dão as boas vindas, e trazem-lhe de comer, em um alguidar. peixe, carne e farinha, tudo junto posto no chão, o que ele assim deitado come; e como acaba de comer lhe vêm dar as boas vindas todos os da aldeia um e um, e lhe perguntam como lhe foi pelas partes por onde andou; e quando algum principal vem de fora, ainda que seja da sua roça, o vem chorar todas as mulheres de sua casa, uma e uma, ou duas em duas, e lhe trazem presentes para comer, fazendo-lhe as cerimônias acima ditas.                             
       Quando morre algum índio, a mulher, mãe e parentas o choram com um tom mui lastimoso, o que fazem muitos dias; em o qual choro dizem muitas lástimas, e magoam a quem as entende bem; mas os machos não choram, nem se costuma entre eles chorar por ninguém que lhes morra.

      Os tupinambás se prezam de grandes músicos, e, ao seu modo, cantam com sofrível tom, os quais têm boas vozes; mas todos cantam por um tom, e os músicos fazem motes de improviso, e suas voltas, que acabam no consoante do mote; um só diz a cantiga, e os outros respondem com o fim do mote; os quais cantam e bailam juntamente em uma roda, em a qual um tange um tamboril, em que não dobra as pancadas; outros trazem um maracá na mão, que é um cabaço, com umas pedrinhas dentro, com seu cabo, por onde pegam; e nos seus bailos não fazem mais mudanças, nem mais continências que bater no chão com um só pé ao som do tamboril; e assim andam todos juntos à roda, e entram pelas casas uns dos outros; onde têm prestes vinho, com que os convidar; e às vezes andam um par de moças cantando entre eles, entre as quais há também mui grandes músicas, e por isso mui estimadas.

     Entre este gentio são os músicos mui estimados, e por onde quer que vão, são bem agasalhados, e muitos atravessaram já o sertão por entre seus contrários, sem lhe fazerem mal.”(...)
(Gabriel Soares de Souza, TRATADO DESCRITIVO DO BRASIL EM 1587, caps. CLVI e CLXII, pags. 372 e 382. “edição castigada pelo estudo e exame de muitos códices manuscriptos existentes no Brasil, em Portugal, Hespanha e França, e accressentada de alguns commentários por Francisco Adolpho de Varnhagem”, São Paulo – l938).
                               



                                                          - ROTEIRO –


MINHA TERRA - (Jongo)                                             Cd:      Minha Terra   (1987)

BATUQUEIRO - (Samba-Caboclo)                               Cd:     Na Boca do Povo   (1995)






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Cd Minha Terra
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Cd Na Boca do Povo





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Cd Brasiliana
                                      


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sábado, 5 de julho de 2014

Atenção queridos amigos, estamos nos preparando para as boas novas. Velhas novidades que O BAÚ DO FOLCLORE vem nos apresentar, nos acompanhe nas ritmias do nosso ROTEIRO.


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BRASILIANA – (...) “Havia lá uma praça muito grande e no meio da praça um grande pranchão de dez pés em quadro, pintado e esculpido em relevo, figurando uma Cidade murada, com a sua cerca e uma porta. Nessa porta havia duas altíssimas torres com as suas janelas, as torres com portas que se defrontavam, cada porta com duas colunas. Toda esta obra era sustentada sobre dois ferocíssimos leões que olhavam para trás, como acautelados um do outro, e a sustinham nos braços e nas garras. Havia no meio desta praça um buraco por onde deitavam, como oferenda ao sol, a chicha, que é o vinho que eles bebem, sendo o sol que eles adoram e têm como seu Deus. Era esse edifício coisa digna de ser vista, admirando-se o Capitão e nós todos de tão admirável coisa. Perguntou o Capitão a um índio o que era aquilo e que significava naquela praça, e o índio respondeu que eles são súditos e tributários das Amazonas, e que não as forneciam senão de penas de papagaios e guacamaios para forrarem os tetos dos seus oratórios. Que as povoações que eles tinham eram daquela maneira, conservando-o ali como lembrança e o adoravam como emblema de sua senhora, que é quem governa toda a terra das ditas mulheres. Encontrou-se também nessa praça uma casa muito pequena, dentro da qual havia muitas vestimentas de plumas de diversas cores, que os índios usavam para celebrar as suas festas e bailar quando se queriam regozijar diante do já referido pranchão, e ali ofereciam seus sacrifícios com a sua danada intenção. (...) Quero que saibam qual o motivo de se defenderem os índios de tal maneira. Hão de saber que eles são súditos e tributários das Amazonas, e conhecida a nossa vinda, foram pedir-lhes socorro e vieram dez ou doze. A estas nós as vimos, que andavam combatendo diante de todos os índios como capitãs, e lutavam tão corajosamente que os índios não ousavam mostrar as espáduas, e ao que fugia diante de nós, o matavam a pauladas. Eis a razão por que os índios tanto se defendiam. Estas mulheres são muito alvas e altas, com o cabelo muito comprido, entrançado e enrolado na cabeça. São muito membrudas e andam nuas em pelo, tapadas as suas vergonhas, com os seus arcos e flechas nas mãos, fazendo tanta guerra como dez índios. E em verdade houve uma destas mulheres que meteu um palmo de flecha por um dos bergantins, e as outras um pouco menos, de modo que os nossos bergantins pareciam porco espinho. Voltando ao nosso propósito e combate, foi Nosso Senhor servido dar força e coragem aos nossos companheiros, que mataram sete ou oito destas Amazonas, razão pela qual os índios afrouxaram e foram vencidos e desbaratados com farto dano de suas pessoas. (...) Perguntou o Capitão como se chamava o senhor dessa terra, e o índio respondeu que se chamava Couynco, e que era grande senhor, estendendo-se o seu senhorio até onde estávamos. Perguntou-lhe o Capitão que mulheres eram aquelas que tinham vindo ajudá-los e fazer-nos guerra. Disse o índio que eram umas mulheres que residiam no interior, a umas sete jornadas da costa, e por ser Este senhor Couynco seu súdito, tinham vindo guardar a costa. (...) Disse o índio que as aldeias eram de pedra e com portas, e que de uma aldeia a outra iam caminhos cercados de um e outro lado e de distância em distância com guardas, para que não possa entrar ninguém sem pagar direitos. (...) Ele disse que estas índias coabitam com índios de tempos em tempos, e quando lhes vem aquele desejo, juntam grande porção de gente de guerra e vão fazer guerra a um grande senhor que reside e tem a sua terra junto à destas mulheres, e à força os trazem às suas terras e os têm consigo o tempo que lhes agrada, e depois que se acham prenhas os tornam a mandar para a sua terra sem lhes fazer outro mal; e depois quando vem o tempo de parir, se têm filho o matam ou o mandam ao pai; se é filha, a criam com grande solenidade e a educam nas coisas de guerra. Disse mais que entre todas estas mulheres há uma senhora que domina e tem todas as demais debaixo da sua mão e jurisdição, a qual senhora se chama Conhorí. Disse que há lá imensa riqueza de ouro e prata, e todas as senhoras principais e de maneira possuem um serviço todo de ouro ou prata, e que as mulheres plebéias se servem em vasilhas de pau, exceto as que vão ao fogo, que são de barro. Disse que na capital e principal Cidade, onde reside a senhora, há cinco casas muito grandes, que são oratórios e casas dedicadas ao sol, as quais são por elas chamadas caranaí, e que estas casas são assoalhadas no solo e até meia altura e que os tetos são forrados de pinturas de diversas cores, que nestas casas tem elas ídolos de ouro e prata em figura de mulheres, e muitos objetos de ouro e prata para o serviço do sol. Andam vestidas de finíssima roupa de lã, porque há nessa terra muitas ovelhas das do Perú. Seu trajar é formado por umas mantas apertadas dos peitos para baixo, o busto descoberto, e um como manto, atado adiante por uns cordões. Trazem os cabelos soltos até ao chão e postas na cabeça coroas de ouro, da largura de dois dedos”. (...)
(Frei Gaspar de Carvajal, RELATÓRIO DO NOVO DESCOBRIMENTO DO FAMOSO RIO GRANDE PELO CAPITÃO FRANCISCO DE ORELLANA (1542), São Paulo – 1941).


                                            - ROTEIRO -



A CONGADA – (Congada)                                          Cd : A Folha da Mata  (2012)

O SOL RAIOU – (Partido Alto)                                    Cd : Na Boca do Povo  (1995)






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Cd Folha da Mata


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Cd Na Boca do Povo

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