terça-feira, 29 de agosto de 2017

VAQUEJADA





Vaqueiros - Assis Costa



Cavalgada - Carybé




Vaqueiros e Bois - Carybé




Vaquejada em Massapê - Mestre Vitalino




Vaqueiro de Couraça - Emidio Magalhães





                                
             
         Vaqueiro Misterioso – Em todas as regiões brasileiras de pastorícias, antigo Nordeste, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, há a tradição de um vaqueiro misterioso, sabedor de segredos infalíveis, mais destro, mais hábil, mais afoito, melhor cavaleiro, que todos os outros reunidos.
                               
        Usa vários nomes. Ninguém sabe onde êle mora, nem a terra em que nasceu. Aparece nas horas de vaquejada ou “apanha” de gado novo, “ferra” ou “batida” para campear.
                              
    Vence a todos os companheiros, Recebe o pagamento. Desaparece para surgir, vinte, cinquenta léguas adiante, noutra fazenda repetindo as façanhas julgadas sobrenaturais.
                            
   Monta um cavalo velho ou uma égua aparentemente imprestável e cansada. Mal vestido, humilde, sofrendo “remoque” dos vaqueiros e campeadores, termina sendo o primeiro, o mestre supremo, aclamado como um herói, desejado pelas mulheres, convidado para os melhores lugares pelo fazendeiro.
                           
      Recusa todas as seduções e remergulha no mistério. aparecendo numa fazenda, o vaqueiro desconhecido cerca e encaminha para o curral, êle sozinho, quase toda a gadaria e em pouquíssimas horas.
                        
      Galopa léguas e léguas em minutos. Imobiliza touros possantes com um gesto ou uma palavra.
                             
     Seu cavalo é um relâmpago. No Nordeste, nas vaquejadas, corre sempre para derrubar e nenhum novilho, nenhum garrote, foge á irresistível “mucica” que o sacode, três vezes de patas para o ar, no chão, entre palmas.
                         
      Correndo de “esteira” não há boi-marruá, novilhote reboleiro, ou vaca-velhaca que “espirre” para o mato, “ganhando o fechado”. No copo, garfo e alegria é sem rival.


(Luís da Câmara Cascudo, GEOGRAFIA DOS MITOS BRASILEIROS, “Vaqueiro Misterioso”, 411 – 415, ed. José Olympio, Rio de Janeiro, 1947).





Vaqueiros na Caatinga - Carybé




O Vaqueiro - Ruy Relbquy




Aboio dos Vaqueiros - Andre Cunha




Vaqueiro Nordestino - Octo Marques




Boa Noite - Rodval Matias




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Vaquejada (Aboio)
Àlbum: Minha Terra



Obrigado pela companhia... até breve !!!






                                                     


                               








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